Dono de rádio evangélica, vereador quer proibir Parada do Orgulho na Avenida Paulista
Um dia depois do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), ter confirmado a realização da 14º Parada do Orgulho GLBT na Avenida Paulista, o vereador Carlos Apolinário (DEM) tenta gongar a caminhada no coração de São Paulo. Membro da Assembleia de Deus e dono de rádio evangélica, o parlamentar argumenta que, como outras manifestações populares, a Parada deveria ser realizada longe do centro.
Apolinário apresentou durante a sessão da Câmara de Vereadores de São Paulo na última terça-feira, 23, um projeto de lei que se aprovado vai vetar a Parada na Paulista, que neste ano rola no dia 6 de junho. Ele alega que "se a Marcha Para Jesus e a festa do Dia 1º de Maio já ocorrem no Campo de Marte, a Parada também pode ocorrer no mesmo local, sem prejuízo à rede hoteleira da cidade". O vereador reforça as críticas de que as forças de segurança mobilizadas para a parada (cerca de 2 mil policiais) são insuficientes para garantir a ordem em uma avenida "cheia de leitos hospitalares".
A proposta conta com apoio antecipado das principais lideranças da Câmara e vai tramitar na Casa como prioridade a partir da próxima quinta-feira, 25. Mas Kassab já se manifestou contra a proposta e articula a base governista para barrar o projeto, que se aprovado ainda tem a chance de ser vetado por ele. Mas o perigo é que a Câmara pode derrubar o veto do prefeito e colocar a proibição em prática.
Vale lembrar que o mesmo vereador já se candidatou ao governo estadual, pelo PDT, em 2006. Na ocasião, em entrevista para o Jornal da CBN, o político declarou-se contra o beijo gay em público. "Nem na minha mulher eu tenho direito de ficar beijando, nos expondo", disse. E também disse que não é homofóbico. "Eu não sou homofóbico. Quem faz a minha maquiagem para apresentar o programa eleitoral é gay".
Ele também é autor de uma proposta de instituir o Dia do Orgulho Hétero.
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