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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Preto Amaral - O Primeiro “serial killer” brasileiro

Hoje vou falar sobre uma personalidade da história que acabou se tornando uma lenda, mas por motivos nenhum pouco agradáveis. José Augusto do Amaral ou “Preto Amaral” ficou conhecido na história como o primeiro “serial killer” brasileiro, por ter assassinado 3 jovens rapazes e cometido necrofilia com os corpos ainda quentes.
Nascido no interior de Minas Gerais em 1871, era filho de escravos. Liberto aos 17 anos, quando a princesa Isabel assinou a lei Áurea, entrou para o exército que era uma das poucas ocupações disponíveis para os negros na época.
Amaral serviu no país inteiro: Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio grande do Sul, São Paulo, Goiás e vários outros lugares. Na Guerra de Canudos (1987), chegou a tenente.
Ele também foi parte do primeiro batalhão da brigada policial e de vários outros batalhões, sendo que ele, na maioria, acabava por desertá-los. Até que em Bagé ele se juntou a o exercito nacional, onde ao desertar foi preso, e teve que responder ao conselho de guerra. Foi condenado a sete meses de prisão no quartel.
Depois de rodar o Brasil como voluntário da Pátria, Amaral já com 56 anos, virou andarilho vivendo de bicos em São Paulo. Tinha tudo para morrer desconhecido até que em 1927 foi preso acusado de seduzir, estrangular e estuprar (assim, nessa ordem mesmo) 3 rapazes. Confessou todos. Segundo seu próprio depoimento, ele seduzia, depois asfixiava para então estuprar o cadáver das vítimas.
A imprensa pirou com a notícia: jornais traziam manchetes sobre o "monstro negro", o "diabo preto", o "estrangulador de crianças". Mas na verdade, a sua primeira vítima, Antônio Sanches, já tinha 27 anos. Amaral disse no depoimento que o encontrou próximo da praça Tiradentes quando a vítima lhe pediu fósforos. Depois de tomarem café num botequim, Amaral o teria convidado para assistir um jogo de futebol. O corpo foi encontrado próximo ao aeroporto do Campo de Marte.
A segunda vítima era José Felippe Carvalho de 10 anos, morto na véspera de Natal de 1926. O menino foi atraído ganhando de presente alguns balões que Amaral vendia na região do Canindé. O corpo foi encontrado 13 dias depois, já sem os membros superiores.
A terceira vítima foi Antônio Lemos de 15 anos. O menino passeava pelos arredores do Mercado Municipal de São Paulo, quando foi abordado por Amaral que o atraiu oferecendo-lhe um almoço. Logo depois, partiram num bonde rumo à Lapa. Quando seu corpo foi encontrado, a polícia se deu conta de que São Paulo tinha um assassino serial.
Amaral só foi preso graças a Roque Piccili, um engraxate de 9 anos. Ele levou o menino para debaixo de uma ponte e o estava estrangulando quando ouviu vozes, se assustou e fugiu. Ao voltar, não encontrou a sua quase vítima, que a essa altura já estava na delegacia delatando a sua quase vítima.
Amaral foi preso e torturado. O psiquiatra que examinou Amaral, levou em consideração seu grande pênis como "indício de sua bestialidade". Na época era comum relacionar o tamanho do Pênis do criminoso com o tamanho do crime.
Os jornais da época continuaram a noticiar casos semelhantes, mesmo depois de sua prisão, o que aumentou ainda mais a sua lenda. A população clamava por linchamento ou execução, mas acabaram frustrados, pois Amaral morreu antes de ser julgado, 5 meses após sua prisão.
O caso de Amaral rendeu livros, tese de Mestrado e até peça de teatro. Na ala dedicada aos criminosos sexuais no Museu do Crime, em São Paulo, ele aparece com destaque ao lado do Maníaco do Parque. E até hoje é um dos casos mais intrigantes e assustadores da história criminal brasileira.

4 comentários:

Cara do Blog disse...

Nunca tinha ouvido falar nele, que vergonhabem interessante,vai ver ele era reprimido ainda teve a guerra,acaba com a mente de qualquer um, ou então ele é simplismente louco mesmo. dificil saber!

Serginho Tavares disse...

antes de 1871 haviam muitos outros serial killers que mataram negros e índios e ninguém tomou conhecimento o cara so apareceu porque como se vê ai é preto

Fábrica de Música disse...

Serginho
realmente, antes desse caso teve muitos outros serial killers, mas como eu disse aí, é apenas uma consideração feita pela sociedade eugênica e que até hoje permaneceu. Porém, muitos estudiosos defendem que o nome de Preto amaral seja retirado dos livros e do museu do crime justamente por não ter a certeza de sua culpa. Antigamente as investigações eram muito limitadas, além de o preconceito ter sido muito maior.
A minha intenção neste post foi apenas relatar a história.

Leo Carioca disse...

Muitas situações assim caíram no esquecimento até por não envolverem pessoas famosas, né?
Quanto à associação do tamanho do pênis com a violência do crime, provavelmente era influência católica (que era dominante na época), pois essa igreja sempre identificou personalidades perversas a órgãos sexuais grandes.
Basta lembrar que, nas imagens do diabo retratadas por artistas católicos da Idade Média, ele aparecia com um pênis de 45 cm.

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